projeto coordenado pela prof: Camila A. Nascimento


Senhores(a),
Apresentamos esta proposta com o intuito de contribuir para uma transformação significativa
no ensino de ciências nas escolas públicas do Estado. A realidade educacional brasileira, em
especial no campo científico, exige medidas ousadas que estimulem o protagonismo estudantil,
o pensamento crítico e a aplicação prática do conhecimento em benefício da sociedade. Neste
contexto, proponho a criação das Academias Estudantis de Ciências em cada escola da rede
pública estadual.
O objetivo central desta iniciativa é despertar nos alunos o interesse pela ciência, pela
tecnologia e pela inovação, proporcionando a eles oportunidades reais de se envolverem
com projetos científicos que tenham impacto direto em suas comunidades. A proposta
visa estabelecer núcleos permanentes de ciência dentro das escolas, coordenados por
professores orientadores e compostos por grupos de estudantes voluntários, com
encontros semanais dedicados à pesquisa, experimentação e desenvolvimento de ideias
aplicáveis à realidade local.
Essas academias funcionarão como laboratórios criativos, mesmo com estrutura simples, nos
quais os alunos poderão desenvolver projetos nas áreas de energia renovável, robótica,
sustentabilidade, biotecnologia e muitas outras. A metodologia será baseada na resolução de
problemas reais, na construção de protótipos, na elaboração de relatórios e na apresentação
pública dos resultados, com incentivo à participação em feiras de ciências, olimpíadas e editais
de inovação.
A proposta inclui também a formação contínua dos professores, que serão capacitados para
atuar como mentores de pesquisa e inovação. Além disso, propomos parcerias com
universidades, institutos federais, empresas privadas e fundações de apoio à pesquisa, como
forma de garantir suporte técnico, orientação, visitas técnicas e bolsas para os alunos e
professores envolvidos.
Essa iniciativa, além de fortalecer o currículo escolar com atividades práticas e significativas,
ajudará a reduzir a evasão escolar, aumentar o desempenho acadêmico e formar uma nova
geração de jovens cientistas e empreendedores. O impacto social será evidente à medida que os
próprios estudantes passem a criar soluções para os desafios de suas comunidades,
desenvolvendo senso de responsabilidade, liderança e criatividade.

Os recursos podem serem obtidos por meio de emendas parlamentares, editais estaduais, parcerias privadas ou
programas federais de fomento à educação e à ciência.
Com o apoio do Governo do Estado, essa proposta pode se tornar uma política pública
permanente, transformando o Espírito Santo em uma referência nacional no incentivo à ciência
escolar e no desenvolvimento de talentos juvenis. Acreditamos que investir em ciência é investir
no futuro, na inteligência e na autonomia de nossos jovens.
Tudo que foi proposto anteriormente já deixa claro o nosso compromisso com a
transformação da ciência nas escolas. Mas o que estamos propondo vai além de uma simples
mudança no ensino: trata-se de uma verdadeira revolução científica que vai começar no Espírito
Santo. Este será o estado pioneiro na construção de um novo modelo educacional, voltado para
a inovação, a engenharia, a criação de teorias e a valorização dos jovens que pensam e
constroem o futuro com ciência.
Nosso plano é claro: queremos implantar, em cada escola pública do Espírito Santo, estruturas
sólidas para o desenvolvimento de projetos científicos. Queremos que os estudantes tenham
espaço, incentivo e orientação para criar projetos de engenharia, sistemas sustentáveis,
robótica, experimentos físicos, soluções ambientais e ideias inovadoras. Queremos também dar
voz e vez aos jovens teóricos — aqueles que criam hipóteses, escrevem suas próprias teorias e
desejam contribuir para o avanço do conhecimento humano.
Acreditamos que o Espírito Santo pode seguir exemplos bem-sucedidos de países como os
Estados Unidos e a Alemanha, onde os jovens desde cedo são incentivados a praticar ciência
com seriedade. Lá, os estudantes constroem foguetes, desenvolvem soluções ambientais e
participam de programas científicos de alto nível ainda no ensino médio. Queremos trazer esse
espírito para cá, respeitando nossa realidade, mas com ousadia para criar algo único e
transformador.
Por isso, propomos a criação de um Programa Estadual de Fomento à Inovação Científica
Escolar, que será vinculado à Secretaria de Educação e à Secretaria de Ciência e Tecnologia do
Espírito Santo. Esse programa será responsável por implantar e coordenar Academias
Estudantis de Ciências em cada escola pública estadual, oferecendo recursos, formação de
professores, estrutura básica para experimentação e orientação científica especializada.
Esse programa estadual também poderá criar: – Bolsas para jovens pesquisadores e
inventores escolares;
– Feiras científicas estaduais com apoio técnico e premiação;
– Editais de incentivo a projetos escolares de engenharia, sustentabilidade e robótica;
– Um cadastro estadual de jovens teóricos e inventores capixabas;
– Parcerias com universidades e empresas do Espírito Santo para apoio técnico e mentorias;
– Formação contínua para professores mentores, com foco em ciência moderna e aplicada.
Esta revolução começa aqui, com os pés no chão capixaba, mas com os olhos voltados para o
futuro. Não queremos depender de políticas nacionais para mudar nossa realidade: o Espírito
Santo tem o potencial de se tornar o estado mais inovador do Brasil no ensino de ciências.
Queremos que nossos jovens tenham a mesma oportunidade que têm os estudantes
americanos, alemães ou japoneses: liberdade para pensar, estrutura para criar e apoio para
transformar.
Essa é uma proposta sólida, viável e necessária. A juventude capixaba está pronta para fazer
ciência. Só falta o apoio do poder público. Com a implementação desse programa, podemos

escrever um novo capítulo na história da educação científica do nosso estado.

Esta proposta não é apenas um plano; é uma mudança de mentalidade. É a construção de
uma nova cultura científica no Espírito Santo. Reforçamos aqui nossa tese: ao implementar as
Academias Estudantis de Ciências e o Programa Estadual de Fomento à Inovação Científica
Escolar, estaremos introduzindo, dentro da escola pública, uma estrutura prática, formativa e
transformadora que prepara o aluno não apenas para o vestibular, mas para o mundo real.
Um dos maiores avanços será a introdução do ensino de engenharia básica nas escolas
públicas, algo que ainda não existe de forma estruturada no Brasil. Ao longo do ensino
fundamental e médio, os estudantes terão contato direto com temas como mecânica aplicada,
eletricidade, robótica, energia sustentável, criação de protótipos, programação simples e
projetos estruturais. Tudo isso com acompanhamento técnico, linguagem acessível e foco na
prática. O objetivo não é formar engenheiros superiores — mas jovens com base técnica,
raciocínio lógico e capacidade de criar soluções reais para problemas do cotidiano.
Outro avanço inédito será o reconhecimento oficial de projetos científicos no histórico escolar
dos estudantes. Os alunos que participarem das academias, desenvolverem projetos e
apresentarem resultados poderão incluir essas experiências como atividades complementares
certificadas pelo governo. Isso valoriza o currículo do estudante e o prepara para processos
seletivos, estágios, faculdades e empregos que exigem criatividade e resolução de problemas.
A implementação será feita de forma progressiva, começando por escolas-piloto em cada
região do estado. Cada unidade escolar receberá kits de ciências, materiais de baixo custo,
treinamento para professores orientadores e um calendário oficial de atividades. As escolas
terão autonomia para definir os temas prioritários de acordo com os interesses dos alunos e as
necessidades da comunidade local. Um sistema de monitoramento acompanhará os resultados
de cada projeto e garantirá que o programa avance com qualidade e impacto.
Entre as vantagens imediatas desse modelo, podemos destacar: – Melhoria no desempenho
dos alunos em matemática, física e ciências naturais, com ensino mais prático e aplicado;
– Estímulo ao pensamento crítico, à criatividade e à autonomia intelectual dos estudantes;
– Formação de jovens capacitados a entrar em cursos técnicos e universidades com experiência
real em projetos científicos;
– Redução da evasão escolar, com mais motivação e valorização do talento individual;
– Criação de soluções sustentáveis para problemas reais nas comunidades escolares;
– Desenvolvimento de uma nova geração de jovens inventores, pesquisadores e
empreendedores capixabas.